Em aromaterapia e fitoterapia é fundamental a identificação botânica da planta?
Se eu falar para você tome um chazinho de cidreira, alguns podem pensar na erva-cidreira (Melissa officinalis), outros no capim cidreira (Cymbopogon citratus) e outras ainda na erva cidreira ou cidreira de árvore (Lippia alba). Esse é um complicador quando falamos de plantas, o nome popular não define exatamente de qual planta estamos falando, e cada um compreende conforme seu conhecimento ou entendimento, ou até consultas na internet que as vezes mais atrapalham do que ajudam.
Todas as terapias que tem as plantas como base de tratamento, como aromaterapia e fitoterapia e até mesmo homeopatia e florais, precisam que as plantas sejam botanicamente definidas e identificadas. Somente desta forma, teremos informações sobre quais os princípios ativos presentes, que varia de acordo com o tipo de produto extraído. Baseado nessa química orgânica, é que sabemos as propriedades, indicações e o uso terapêutico de cada produto.
Esses compostos que muitas vezes são a base das farmacopeias, da ISO International Organization for Standardization e atualmente há um crescimento também de estudos científicos baseados nesses princípios ativos.
Portanto nessas terapias é fundamental saber o nome científico ou nome botânico das plantas, que em geral é binomial em latim, composto de gênero e epíteto específico. Por exemplo existem muitos tipos de sálvia, que é o gênero. Temos por exemplo a Salvia officinalis e a Salvia sclarea, o segundo nome se trata do epiteto.
Ah em tempo, uma curiosidade o nome botânico tem a primeira letra do gênero em maiúsculo, sem acentos e sempre deve ser escrito em itálico.
A aromaterapia ainda tem ido mais longe com a identificação de quimiotipos, que são plantas da mesma espécie botânica, mas que produzem constituintes diferentes, veja matéria sobre quimiotipos que já escrevi aqui no blog.
Janaina Sauer Rosa
Aromaterapeuta certificada pela Abraroma P245-C004
Terapeuta Holística - Sinaten CTN/SP 02391