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Ingestão de óleos essenciais - parte 3

Pingar óleo essencial na água!


Óleo essencial pingando num copo de água
Ingestão de óleo essencial

Na ânsia de se tratar naturalmente, as pessoas procuram produtos provenientes de plantas, como fitoterápicos (chás, extratos, tinturas) e óleos essenciais, acreditando que eles podem ser mais benéficos. Primeira coisa que natural não significa seguro, as matérias vegetais, são ricas em inúmeras moléculas, que são o que chamamos de princípios ativos. Esses princípios possuem indicações, mas também contraindicações e causam interação com outras plantas e remédios alopáticos.


Muitos acreditam que podem fazer a ingestão de óleos essenciais de forma a prevenir algum quadro, minimizar um sintoma ou até mesmo para melhorar sua imunidade.


Só uma ressalva minimizar um sintoma, não significa que a questão foi resolvida, então tenha cuidado, você está tentando silenciar os sinais que seu corpo está gastando energia para te avisar que há algo errado.


Cada vez mais comum ver pessoas pingando óleo na água, na boca até mesmo de crianças, que por vezes nem alcançaram uma maturidade orgânica.


Nem sempre a ingestão é a via de administração mais recomendada como comentei no post anterior. Mas um dos problemas hoje é a ingestão de óleo essencial com água, em primeiro lugar óleo e água não se misturam. Então há duas possibilidades ou o óleo pode grudar no copo, na garrafa, ou ele pode ir grudando no trato digestório, seja na boca, faringe, esôfago, mas pode até conseguir passar e alcançar também o estomago. Agora aonde você gostaria que ele atuasse?


Uma sensibilidade pode ocorrer imediatamente ou com o decorrer do tempo, as reações vão depender da sensibilidade de cada um, essas gotas podem ir causando em primeiro lugar uma irritação, uma lesão, ou até mesmo toxicidade, chegando até uma insuficiência hepática ou renal. Já vi casos de a pessoa ingerir como prevenção e acabar com uma gastrite medicamentosa, apesar de não tomar medicamentos alopáticos. Ou pingar o óleo diretamente debaixo da língua e começar apresentar uma irritação, por isso é importante consultar um profissional habilitado.


Os piores são aqueles que colocam em garrafinhas de água, existem inúmeros tipos de plástico e alguns podem reagir com o óleo essencial, afinal as gotas vão grudando no recipiente, interagindo com o plástico da garrafa e com o tempo o óleo vai se degradando, pois alguns ainda não descartam o recipiente.


Enfim espero que você tenha aproveitado a informação desses três posts e entendido a complexidade que é a ingestão dos óleos essenciais. A verdade infelizmente é que alguns querem que você compre e faça ingestão dos óleos essenciais, pois essa via é a de consumo mais rápido do produto e consequentemente vende-se mais.


Se você acredita que seu caso necessite de ingestão, sugiro que busque um aromaterapeuta certificado pela Abraroma, para que ele avalie seu caso e te indique com segurança o uso dos óleos essenciais.


Vou falar mais nos próximos posts, sobre outras vias de administração que já comentei e que dependendo do tratamento objetivado são muito mais efetivas do que o uso oral dos óleos essenciais.



Espero ter ajudado, tem dúvidas deixe uma mensagem.


Nota: Se você já teve alguma reação adversa com o uso dos óleos essenciais, relate a Abraroma - Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia, essas informações são fundamentais para que o mercado entenda os casos de toxicidade com óleos essenciais e tome providências no sentido de dirimir os casos.



Abraços,


Janaina Sauer Rosa

Aromaterapeuta certificada pela Abraroma P245-C004

Terapeuta Holística - Sinaten CTN/SP 02391


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