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Ingestão de óleos essenciais - parte 2

A cultura da ingestão, nos faz pensar que ingerir óleos essenciais é a única solução.


Óleo essencial pingando numa colher
Ingestão de óleo essencial

Antes de prosseguir com a leitura, já viu o primeiro post sobre posso ou devo fazer ingestão de óleos essenciais? Sugiro que comece por lá.


Você já parou para refletir que a sociedade de hoje faz uso excessivo de medicamentos? Não é difícil ver uma pessoa com 60, 70 anos com aqueles porta-remédios no café da manhã, tomando 4, 5, 6 comprimidos. Além disso, muitos medicamentos têm venda livre, e infelizmente isso leva muitas vezes as pessoas a se automedicarem, as vezes até sem saber exatamente o que tem.


A alopatia tem o seu papel e sua importância, mas o que muitas pessoas não entendem é que as vezes um remédio causa efeitos colaterais e aí tomamos outro para resolver os efeitos, e depois outro e outro, como relata o texto do Dr. Carlos Bayma (disponível aqui). Ele escreveu esse texto como um desabafo, relatando seu próprio caso, tanto que hoje atua com medicina preventiva (assunto importante para outro post).


O reflexo é que hoje nossa sociedade está acostumada com remédios, e acredita que uma substância para fazer efeito precisa ser ingerida, a qual batizei de "cultura da ingestão". E infelizmente isso está se estendendo a aromaterapia vemos muitas pessoas sem conhecimento querendo simplesmente praticar a "cultura da ingestão de óleos essenciais", pois são produtos naturais e acreditam que só assim vão obter o efeito da "gota milagrosa" ingerindo.


Só um adendo rápido, natural tem restrições, contraindicações, pois em geral são quimicamente muito mais ricos e amplos em sua atuação. Cuidado.


Primeiro lugar é preciso entender que quando ingerimos um medicamento ou óleo essencial, ele pode afetar nosso sistema digestivo, não à toa por vezes a indicação de tomar após as refeições. Eles também podem sobrecarregar o fígado e até mesmo alterar nossa flora intestinal, você sabia após ingerir antibiótico, a flora intestinal precisa de meses para se recompor e ela é fundamental na absorção de nutrientes. Enfim não é todo caso que a indicação seja de ingestão, aliás pelo contrário.


O que ocorre é que a maioria das pessoas querem ingerir óleos essenciais porque menosprezam ou ignoram os benefícios e as indicações de outras vias de administração dos óleos.


Além disso há a busca pela "gota mágica" que irá resolver seus problemas e sintomas, sem nenhum tipo de esforço por parte do usuário.


Para finalizar só deixo mais um detalhe para você pensar, você sabia que a indústria farmacêutica vem desenvolvendo inúmeros fármacos em patchs, sim aqueles adesivos transdérmicos.

Antigamente só achávamos os adesivos de nicotina utilizada para tratamento de fumantes, mas hoje já há medicamentos para Alzheimer, reposição hormonal e até mesmo morfina. Reflita sobre isso.



Nota: Se você já teve alguma reação adversa com o uso dos óleos essenciais, relate a Abraroma - Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia, essas informações são fundamentais para que o mercado entenda os casos de toxicidade com óleos essenciais e tome providências no sentido de dirimir os casos.



Abraços,


Janaina Sauer Rosa

Aromaterapeuta certificada pela Abraroma P245-C004

Terapeuta Holística - Sinaten CTN/SP 02391


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